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Questo sito nasce da un'idea di Achille Piardi, il quale dopo anni di ricerche e dopo aver redatto una prima versione della biografia sulla Famiglia Piardi è alla costante ricerca di nuove informazioni... se anche tu sei un Piardi... continua a navigare tra queste pagine!!!


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Entrevista com Joaquim Cleo Ortigara - Reitor da Universidade Integrada do Alto Uruguai e das Missões

Leggi qui la traduzione in italiano.

O estado brasileiro do Rio Grande do Sul foi um dos estados que receberam uma imigração importante de origem italiana e sobretudo veneta. Para falar da história desta região e do papel dos imigrantes Venetos e seus descendentes entrevistamos o reitor da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Joaquim Cleo Ortigara, ele mesmo de origem Veneta.

Quantos imigrantes venetos existem no Rio Grande do Sul e quais ligações eles mantém ainda hoje com a terra de origem?

As estatísticas levam em consideração um primeiro contingente de emigrantes que, entre 1875 e 1914, se estabeleceram em Caxias do Sul e Silveira Martins.
Neste estado chegaram mais de 80 mil famílias italianas, mas hoje os descendentes são mais de 2 milhões e meio. Destes, 54% são Venetos ( 33% da Lombardia, 7% do Trento). Dos venetos, os grupos maiores são originários da província de Vicenza, Belluno e Treviso. As ligações com a pátria permaneceram por um longo tempo adormecidas.
Inicialmente os imigrantes se preocuparam com problemas básicos de sobrevivência num ambiente totalmente novo para eles e podendo contar somente com as próprias forças.
Existia entre eles um forte sentimento de perda e abandono: se sentiam esquecidos.
Em 1914 teve início um período de imigração interna dos descendentes dos primeiros imigrantes que habitavam as assim chamadas Colônias Velhas , núcleo de Caxias do Sul e Silveira Martins. Eles se fixaram na região noroeste do estado, em região selvagem, cobertas de florestas, habitadas por indígenas nativos da região, à procura de novos espaços e novas terras para colonizar.

Foi nesta área que hoje se desenvolve a Universidade regional Integrada do Alto Uruguai e da Missões, nascida, como diz o nome, com a finalidade de favorecer a integração, trazendo junto as experiências das Reducciones dos Jesuítas.
Trata-se de um tipo de sistema comunitário baseado sobretudo no aproveitamento coletivo da terra, na organização social, política, econômica e pedagógica.

A presença dos Jesuítas influenciou de que maneira o desenvolvimento da região?

A região das missões, habitada originalmente por indígenas “Guarani”, na segunda metade do século dezoito foi destruída pelas batalhas entre espanhóis e portugueses e só iniciou seu desenvolvimento após a chegada da colonização.
Como disse, a partir do início do século passado, por obra dos descendentes dos imigrantes, sobretudo italianos,
Mas a influência jesuítica – guarani permaneceu restrita não somente nos aspectos culturais. O espírito comunitário difundido na comunidade, se
Integrou a cultura dos italianos que introduziram naquela realidade novas experiências de trabalho e de tecnologia.
Dos jesuítas italianos, seguramente, conservamos até hoje a influência cultural , musical ( por exemplo, a construção de órgãos musicais ), arquitetônica e diversas práticas artesanais, na elaboração do ferro, da madeira, da cerâmica, etc.

Sinal importante desta presença é o trabalho do jesuíta italiano José Brasanalli, escultor e projetista da igreja de São Borja. Misturamos o barroco italiano à cultura dos guaranis, dando vida a uma nova e original expressão artística.
Mas se deve citar também Jean Batista Primoli, que projetou a Igreja de São Miguel Arcanjo e o organista Domenico Lipolo que, vivendo nas missões, deixou um vasta obra musical.

Quais eram as atividades dos venetos no início da imigração no Brasil?

Os imigrantes venetos trabalhavam sobretudo com agricultura , gado e como artesãos. No início do século XX , nas nossas maiores cidades, os italianos se ocupavam sobretudo da industria. Em 1901, representavam 90% dos 50.000 operários nas fábricas em São Paulo. Hoje, pequenas, médias e grande indústrias pertencem aos descendentes dos venetos, mas muitos deles são também professores, músicos e os artistas que contribuíram no desenvolvimento o Brasil.

È possível quantificar esta contribuição?

Os italianos, em geral, e os venetos , em particular, tiveram um papel decisivo no processo de desenvolvimento brasileiro. Não só por sua presença e atuação no setor agrícola ( cafeicultura e vinícultura ) mas também na industrialização do país: é indiscutível a grande capacidade empreendedora e a engenhosidade.

O que permaneceu da cultura veneta original?

As recordações do Veneto e da cultura estão ainda vivas. Pouco a pouco, porém está se perdendo. Os mais velhos conseguiram passar os seus conhecimentos através da tradição oral: muitas canções do folclore são ainda conhecidas e inúmeros meios de comunicação adotam o dialeto veneto.
A nossa Universidade promove e estimula encontros, seminários , publicações dos livros e revistas. As associações e comunidades de origem veneta mantém particularmente a cultura culinária, dança e os costumes da região de origem. Neste contexto, é necessário uma presença italiana mais forte, com a finalidade de fortalecer os vínculos, para aproximar e renovar os aspectos culturais comuns do Brasil e na Itália, e desenvolver os acordos já existentes de cooperação institucional e intercâmbio entre a Universidade brasileira e italiana, como, por exemplo, aquela promovida entre a região Veneta e o estado do Rio Grande do Sul.

Que tipo de ligação se poderia manter entre Veneto e Brasil?

As ligações entre Veneto e Brasil devem ser consolidadas em diversas frentes: através do intercâmbio cultural e econômico, a difusão da tecnologia e do sistema veneto na nossa realidade, a realização de projetos em comum, etc.


O senhor esteve recentemente pela primeira vez na região Veneta; o que foi mais marcante na terra dos seus antepassados?

A sensação que vivi foi de estupor, admiração, emoção e de ansiedade em poder vivenciar outra experiências deste modelo que hoje, é estudado e invejado no mundo.

(Traduzione a cura di Maria Cristina Paulon - Brasil)


RIO GRANDE, TERRA DI VENETI

Intervista al rettore
dell’Università Integrada
do Alto Uruguai e das Missões, Joaquim Cleo Ortigara


Lo Stato brasiliano del Rio Grande do Sul è stato nel passato luogo di un imponente immigrazione di origine italiana e soprattutto veneta. Della storia di questa regione e del ruolo svolto dagli immigrati veneti e loro discendenti ecco l’intervista con il rettore dell’Università Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Joaquim Cleo Ortigara, egli stesso di origine veneta.

Quanti immigrati veneti ci sono Rio Grande do Sul e che legami hanno mantenuto con la loro terra d’origine?

Le statistiche prendono in considerazione un primo contingente di immigrati che, tra 1875 e 1914, si insediarono a Caxias do Sul e a Silveira Martins.
In questo Stato sono arrivate più di 80 mila famiglie italiane, ma oggi i loro discendenti sono più di due milioni e cinquecento mila.Di questi, 54% sono veneti (33% i lombardi, 7% i trentini). Dei veneti,i gruppi più consistenti sono originari delle provincie di Vicenza, Belluno e Treviso. I legami con la madre patria sono rimasti a lungo sopiti. Inizialmente gli immigrati dovettero preoccuparsi di risolvere i basilari problemi di sopravvivenza in un ambiente totalmente nuovo per loro e potendo contare solo sulle proprie forze.
C’era tra loro un forte sentimento di disagio e di abbandono: si sono sentiti dimenticati. Dal 1914 è cominciato un periodo di migrazione interna dei discendenti dei primi immigrati che abitavano nelle cosiddette “Colônias Velhas”, nuclei di Caxias do Sul e di Silveira Martins. Essi si spostarono nel nord-ovest dello Stato, in regioni selvagge, coperte di foreste, abitate dagli indigeni, alla ricerca di nuovi spazi e nuove terre da colonizzare.
È in quest’area che oggi svolge la sua attività l’Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, nata, come dice il nome stesso, con lo scopo di favorire l’integrazione, traendo spunto dalle esperienze delle “Reducciones” dei Gesuiti. Si tratta di una sorta di sistema comunitario, basato non solo sullo sfruttamento collettivo della terra, ma anche sull'organizzazione sociale, politica, economica e, soprattutto, pedagogica.

Quanto ha inciso nello sviluppo di quest’area la presenza dei Gesuiti?

La regione delle Missões, abitata originariamente dagli indigeni “guaranì”, nella seconda metà del Settecento venne flagellata dalle battaglie tra spagnoli e portoghesi e iniziò il suo sviluppo dopo la colonizzazione, avvenuta. Come detto, a partire dall’inizio del secolo scorso, ad opera dei discendenti di emigrati, soprattutto italiani.
Ma rimase l’influenza gesuitico-guaranì, ristretta non solo agli aspetti culturali. Nello spirito comunitario, radicalmente diffuso in questa comunità, si innestò l’apportò dato dagli italiani che introdussero in questa realtà nuove esperienze di lavoro e di tecnologia. Dei gesuiti italiani, sicuramente, conserviamo ancor oggi l’influenza culturale, musicale (es. la costruzione di organi), architettonica e delle diverse pratiche artigianali, ad esempio nella lavorazione del ferro, del legno, della ceramica. Ecc.
Segno importante di questa presenza è il lavoro del gesuita italiano José Brasanalli, scultore e progettista della Chiesa di São Borja. Il barocco italiano, da noi si è mescolato alle caratteristiche dei guaranì, dando vita a una nuova e originale espressione artistica. Ma si possono citare anche Jean Batista Primoli, che progettò la Chiesa di São Miguel Arcanjo e l’organista Domenico Lipolo che, vivendo nelle Missões, ha qui lasciato una vasta opera musicale.

Di quali attività si occupavano i veneti al momento del loro arrivo in Brasile e si occupano oggi?

Gli immigrati veneti erano prevalentemente agricoltori, allevatori e artigiani. All’inizio del XX secolo, nelle nostre città più grandi, gli italiani erano occupati soprattutto nell’industria. Nel 1901, hanno rappresentato il 90% dei 50.000 lavoratori nelle fabbriche di São Paulo. Oggi, piccole, medie e grosse industrie appartengono ai discendenti di veneti, ma molti sono anche gli insegnanti, i musicisti e gli artisti che contribuiscono allo sviluppo del Brasile.

È quantificabile questo apporto?

Gli italiani, in genere, e i veneti, in particolare, hanno un ruolo decisivo nel processo di sviluppo brasiliano. Non solo per la loro presenza e opera nel settore agricolo (piantagioni di caffè e vitivinicoltura), ma anche e soprattutto nell’industrializzazione del Paese: indiscutibili sono la loro grande capacità imprenditoriale e la loro ingegnosità.

Che cosa è rimasto agli immigrati della cultura veneta?

I ricordi del Veneto e della sua cultura sono ancora vivi. Poco a poco, però si stanno perdendo. I più vecchi hanno consegnato il loro sapere attraverso la tradizione orale: molte canzoni del folklore sono ancora diffuse e numerosi mezzi di comunicazione adottano ancora il dialetto veneto.
La nostra stessa Università promuove e stimola incontri, seminari, pubblicazioni di libri e riviste. Inoltre, presso le famiglie, le associazioni e le comunità di origine veneta si apprezzano particolarmente la cucina, le danze e i costumi della regione d’origine. In questo contesto, ci si attende una più incisiva presenza italiana, con lo scopo di rendere più forti i vincoli, per avvicinare e rinnovare gli aspetti culturali comuni vissuti in Brasile e in Italia, anche sviluppando i già esistenti accordi di cooperazione istituzionale e di collaborazione e scambio tra le Università brasiliane e italiane, come. ad esempio, quello promosso dalla Regione Veneto e dallo Stato del Rio Grande do Sul.

Che tipo di legame si dovrebbe mantenere tra Veneto e Brasile?

I legami tra Veneto e Brasile si devono consolidare su più fronti: attraverso scambi culturali ed economici, la diffusione della tecnologia e del sistema veneto nella nostra realtà, la realizzazione di progetti comuni, ecc.

Lei è stato recentemente per la prima volta nel Veneto: cosa ha provato a tornare nella terra dei suoi antenati?

La sensazione che ho vissuto è stata di stupore, ammirazione, emozione e di ansietà di poter rendere nota ad altri l’esperienza di questo modello che, oggi, è studiato ed invidiato a livello mondiale.

Prot. 8707/5 - 6 marzo 2003 - La Segreteria ENTE VICENTINI NEL MONDO onlus.
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